Vamos falar sobre Dislexia?
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Dislexia é um distúrbio de aprendizagem caracterizado pela dificuldade de leitura e escrita. De acordo com a International Dyslexia Association (IDA), essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas.
Casos por ano: mais de 2 milhões (Brasil)
CAUSAS
A maioria dos estudiosos concorda com a origem multifatorial da dislexia, ou seja, com a ideia que suas causas podem ser genéticos e ambientais.
Na prática, quem não tem dislexia utiliza três áreas do cérebro enquanto está lendo. A primeira faz a identificação das letras, a segunda parte faz com que entendamos o significado da palavra. Por fim, uma terceira área processa todas essas informações.
Os sintomas da dislexia são iguais para crianças e adultos. A diferença é que, na infância, o distúrbio é acentuado e pode ser identificado mais facilmente, uma vez que a criança irá apresentar dificuldades na fase de aprendizagem e alfabetização.
Pesquisas científicas recentes concluíram que o sintoma mais conclusivo acerca do risco de dislexia em uma criança, pequena ou mais velha, é o atraso na aquisição da fala e sua deficiente percepção fonética. Por isso, pais e escola precisam estar atentos a este sintoma.
SINTOMAS DA DISLEXIA NA PRIMEIRA INFÂNCIA
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- Dispersão
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- Falta de atenção
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- Atraso da fala e linguagem
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- Dificuldade em aprender rimas e canções
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- Atraso na coordenação motora
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- Falta de interesse por livros.
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- Sintomas na idade escolar
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- Dificuldade na aquisição e automatização da leitura e escrita
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- Desatenção
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- Dispersão
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- Dificuldade em copiar de livros e lousa
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- Desorganização geral (dificuldade em manusear mapas, dicionários)
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- Dificuldade em ler em voz alta e compreender aquilo que foi lido
- Baixa estima.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é sempre feito por uma equipe multidisciplinar, que envolve profissionais de:
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- Neurologia
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- Neuropsicologia
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- Fonoaudiologia
- Psicopedagogia.
Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficiente será o tratamento e o portador aprenderá a lidar com suas dificuldades.
Feito o diagnóstico, é importante que o professor se junte ao profissional que tratará a criança e, dessa forma, combine uma maneira de aprendizado diferente. Não é só o psicólogo quem faz o diagnóstico, e sim o conjunto: professor, pais, fonoaudiólogo, psicopedagogo, etc.
TRATAMENTO
O tratamento é multidisciplinar e visa a superação das dificuldades apresentadas, desenvolvendo as habilidades básicas necessárias para um aprendizado efetivo através de um programa de reabilitação, bem como orientação da família e escola.
É necessário ajustar os métodos de ensino de forma a corresponder às necessidades da pessoa. Embora isto não constitua uma cura para o problema, pode diminuir o grau dos sintomas.
Também vale ressaltar que existem dois métodos de alfabetização utilizados no tratamento da dislexia: o multissensorial e o fônico.
Método multissensorial: é mais indicado para crianças mais velhas, que já possuem histórico de fracasso escolar
Método fônico: é indicado para crianças mais jovens e preferencialmente deve ser introduzido logo no início da alfabetização.
Ainda não se conhece a cura para o problema, mas o tratamento é bastante eficaz.
TIPOS
Os tipos mais comuns de dislexia são:
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- Dislexia visual: dificuldades em diferenciar os lados direito e esquerdo, erros na leitura devido à má visualização das palavras
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- Dislexia auditiva: ocorre devido a carência de percepção dos sons, o que também acarreta dificuldades com a fala
- Dislexia mista: é a união de dois ou mais tipos de dislexia. Com isso, o portador poderá ter, por exemplo, dificuldades visuais e auditivas ao mesmo tempo.
PROGNÓSTICO
O apoio da família é indispensável para o desenvolvimento e sucesso do tratamento. Os familiares devem incentivar cada sucesso obtido, tendo sempre muita paciência, lendo e se informando sobre o assunto.
Nas atividades que podem ser desenvolvidas, é preciso levar em conta a diferença entre ler para os filhos e ler com os filhos. É importante visitar livrarias ou bibliotecas com os filhos e escolher um livro adequado para que leiam juntos, trocando impressões sobre a leitura.
Os pais devem se sentar ao lado do filho para acompanhar a leitura com ouvidos, olhos e coração. Feita a leitura, os pais podem propor jogos de perguntas e respostas sobre cada parágrafo do texto, pedir para que o filho conte o que leu e o que ouviu, buscar na memória assuntos relacionados com o tema da leitura atual, descobrir palavras no texto, entre outras coisas que tornem a leitura uma atividade familiar, uma leitura compartilhada.
Além da leitura, existem jogos de tabuleiro que envolvem conhecimentos gerais e podem auxiliar na assimilação, como palavras cruzadas. Eles tornam a leitura e a escrita uma coisa prazerosa, e não um simples “dever de casa”.
Na escola, o ideal é que crianças com qualquer tipo de necessidade especial sejam incluídas naturalmente nas atividades do grupo, não perdendo de vista as suas dificuldades específicas. Contando com bom senso pedagógico, sensibilidade e formação do professor, ele saberá distribuir as tarefas de acordo com as possibilidades de cada um.
PREVENÇÃO
A neurociência ainda não sabe dizer ao certo de que forma é possível prevenir a ocorrência da dislexia. O que se conhece hoje são formas que ajudam a reduzir o risco de seu filho desenvolver a dislexia.
Confira alguns exemplos:
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- Durante a gravidez, evite fazer uso de substâncias que possam prejudicar o desenvolvimento fetal. Não beba bebidas alcoólicas, evite cigarros e outras drogas. Evite, também, a exposição a toxinas ambientais
- Proteja seu filho da exposição a poluentes e toxinas, incluindo a fumaça de cigarro, produtos químicos agrícolas ou industriais e chumbo.
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